Pastor Cleber: abril 2018
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ATÉ QUE VOCÊ NÃO SEJA MAIS VOCÊ




Pr. Cleber Montes Moreira

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2:8,9)

A verdadeira fé surge quando, pela ação do Espírito Santo, mediante o evangelho, o pecador, humildemente, percebe sua completa incapacidade de vencer o pecado e livrar a si mesmo da perdição, e passa a confiar única e exclusivamente nos méritos de Cristo, reconhecendo a eficácia de Sua Obra redentora e, convencido destas coisas, se rende, de coração quebrantado, ao Salvador e experimenta o novo nascimento. Fora da cruz não há salvação; esta verdade se compreende unicamente pela fé. Sem fé ninguém vai a Deus, sem fé é impossível agradar a Deus, sem fé ninguém conserva a viva esperança da eternidade com Deus. Sem fé a pessoa permanece morta em suas ofensas e pecados (Efésios 2:1), portanto, perdida e debaixo da condenação.

Conheci um crente que sempre dizia: “Nós, que estamos pleiteando nossa salvação….”. Ninguém está em condições de “pleitear” coisa alguma de Deus. Ninguém pode se apresentar perante a ‘justiça divina’ e contestar, argumentar, ou se valer de seus esforços para “pleitar” qualquer favor ou ‘direito’, muito menos a salvação. Não há no homem qualquer virtude que o qualifique para tal. Ao contrário, a salvação “não vem das obras, para que ninguém se glorie”, mas pela graça, por meio da fé que revela nossa impotência (Efésios 2:9). Usando um termo da moda, Deus não ‘empodera’ o homem mas, por Sua Palavra, desnuda sua fraqueza.

Se você não reconhece sua miséria, é preciso repensar sua crença. Se sua fé não te leva à convicção de que Cristo é o seu Senhor, nem à certeza da salvação, é provável que você ainda esteja confiando em suas próprias obras e merecimentos. Se esta é a sua condição, você precisa esvaziar a si mesmo de suas convicções, orgulho e soberba, e chorar amargamente perante o Salvador, rasgar seu coração e suplicar por misericórdia e perdão. Neste caso, duas atitudes são imprescindíveis: A primeira é buscar sincera e diligentemente conhecer a Verdade por meio da leitura das Escrituras Sagradas, considerando que a “fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Romanos 10:17) – ouvir, ler, meditar, acatar, para impregnar a mente. A segunda é orar persistentemente: “Senhor, ajuda-me a crer” – até que você não seja mais você, e que sua vida não seja mais sua, mas totalmente de Cristo (Gálatas 2:20).

VARINHA DE CONDÃO

Imagem: Pixabay


Pr. Cleber Montes Moreira



“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.” (2 Pedro 2:1-3)


O que é uma vara de condão? É uma pequena vara usada por fadas, feiticeiros, mágicos e afins, que supostamente tem atributo especial ou poder sobrenatural para exercer uma influência negativa ou positiva e, hipoteticamente, mágica. Enquanto escrevo estas primeiras linhas, meu filho de seis anos lê e observa: “Pai, isso não existe!” Tudo bem, não se desespere, pois a Teologia da Prosperidade criou, faz algum tempo, diretamente de seu terreiro, digo, oficina, a caneta ungida. As esferográficas made in China, ungidas pelo “homem de deus” em algum monte por aí, prometem ser a “vara de condão” para quem quer passar em provas, concursos públicos, assinar contratos, abrir empresas etc. Para ter uma, basta ofertar, quer dizer, “semear”, a pequena quantia de R$ 100,00 (Cem Reais). Uma proposta tentadora, já que os benefícios trazem retornos infinitamente maiores.

Pesquisando sobre o assunto, encontrei num site de leilão e compras virtuais uma caneta de marca nacional, também ungida, e cujo anúncio contém as mesmas promessas. Não sei se uma franquia da loja anterior, digo “igreja”, ou se algum novo empreendedor, digo, “homem de deus”, que abriu concorrência. Fato é que já existem outros “investidores” oferecendo o mesmo produto, um gritando mais alto que o outro para atrair a freguesia.

Não é de hoje que objetos “ungidos” têm sido colocados nas prateleiras do mercado da fé. Água ungida, sal ungido, lenços, mantos, óleos, alianças, saquinhos de cimento, tijolos, colher de pedreiro, chaves, rosas, meias de algodão, “lâmpadas benzidas em Israel”, vassouras, kits de beleza, “rendinha do milagre”, fronha… Ufa! Quase perdi o fôlego. Não dá para listar aqui todos o itens, até porque “O Fantástico Mundo dos Empreendedores da Fé” sempre surpreende com alguma novidade.1 É a “lei da oferta e da procura” que viabiliza os negócios de quem vende e quem compra. Chamar isso de evangelho é apenas questão de marketing; usar a Bíblia e afirmar falar em nome de Deus sempre dá bons resultados. A “fé”, sem a qual o “milagre não acontece”, é a “vara de condão” dos encantadores.

Os “empreendimentos religiosos” se sustentam por duas iniciativas: o desejo do (in) fiel, incauto, que busca soluções e/ou prosperidade fácil, e a ambição dos lobos vorazes, aproveitadores, falsários da Palavra. Ambos pecam pelo apetite carnal e se afastam cada vez mais de Deus; o primeiro, às vezes, pela ignorância (e ganância), o segundo pela má-fé.

Se você busca sinceramente a Deus, esteja atento: Varinha de Condão não existe! Nossa esperança em Cristo não deve ser apenas para este mundo (1 Coríntios 15:19). O evangelho não é uma promessa de soluções fáceis, imediatas e temporais, mas a Boa Nova de perdão e salvação para aquele que, pela fé, renunciar a si mesmo, tomar a sua cruz e seguir após o Salvador (Lucas 9:23).
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1 Veja aqui alguns destes objetos “ungidos”: https://www.youtube.com/watch?v=0o6rciU1SHY (acessado em 19 de abril de 2018).

ARREPENDEI-VOS

arrependimento


Pr. Cleber Montes Moreira

E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galileia, pregando o evangelho do reino de Deus, e dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho.” (Marcos 1:14,15)


Assuntos como ‘pecado’ e ‘arrependimento’ tonaram-se inadequados para este tempo, e deixaram de ser tratados em muitos púlpitos. Isso porque o que se prega tem que primeiro passar pelo crivo da opinião pública, para agradar a audiência e cooperar com a ambição do crescimento fácil que domina corações de tantos pregadores. Se o sermão for “duro de ouvir”, a frequência tende a diminuir, coisa que deve ser evitada (João 6:60,66). É óbvio que nenhum falso pregador admitirá isso, porém suas práticas os denunciam: atenuar a mensagem, abordar temas de interesse dos ouvintes, ser politicamente correto, proferir sermões de autoajuda, recorrer à psicologia e adotar outras práticas que facilitem a ‘multiplicação’ é quase que padrão. Daí vemos templos cheios de pessoas que não são confrontadas com sua pecaminosidade, em decorrência do que não experimentam verdadeira conversão. É certo que se o pecado não é denunciado, as consciências são aplacadas quanto à culpa e à necessidade de arrependimento.

Quem prega um “evangelho” que não expõe a natureza pecaminosa dos que perecem sem Cristo, que não chama ao arrependimento, engana seus ouvintes e admite na membresia da igreja pessoas sem salvação, tornando-se, perante o Senhor, culpado pelas almas que ajudou a encaminhar ao inferno. Contra estes profere o Todo Poderoso: “o seu sangue eu o requererei da tua mão” (Ezequiel 33:6,8).

Pecadores não podem ir ao Salvador sem abandonar seus pecados. Por isso, qualquer que pregue um outro “evangelho” que não convide ao arrependimento, apresenta um falso cristo e anuncia uma falsa salvação.

Arrependei-vos” foi a primeira mensagem proclamada publicamente por Jesus, e é também a mensagem mais urgente que qualquer igreja e qualquer pregador verdadeiramente cristão tem de anunciar.

FAMÍLIA, OBRA-PRIMA DE DEUS

Imagem: Pixabay


Pr. Cleber Montes Moreira

Far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele… Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão.” (vs. 18,21,22)


Deus é o criador da família. Sei que esta afirmação parece ser simplista e repetitiva, mas é necessária. Explico: imagine que um quadro de um pintor famoso seja pirateado, e que a réplica, cheia de imperfeições, seja exibida em alguma exposição artística. Pessoas leigas podem apreciá-la e considerá-la como sendo a original. Se colocada à venda, pode ser que alguém pague caro por ela, no entanto, se examinada por um perito, sua autenticidade logo é contestada, pois quem conhece, conhece.

Deus criou a família, como a vemos na Bíblia, a partir do casamento entre um homem e uma mulher, porém, veio o inimigo, ressignificou alguns textos, iludiu pessoas com um discurso politicamente correto e regado de “amor” (segundo o entendimento secular), e apresentou novos modelos com novas formações: dois pais, duas mães, um pai e duas ou três mães etc. A pessoa sem discernimento espiritual olha e considera tudo perfeito, mas aquele cuja mente é iluminada pelo Espírito Santo logo percebe a farsa e não se deixa iludir: “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo”, e não se deixa enganar (1 Coríntios 2:14,15).

Disse o Criador, “far-lhe-ei”, e o relato bíblico afirma, “formou uma mulher, e trouxe-a a Adão”. Ao criar Eva e uni-la como esposa à Adão, Deus criou a primeira família. Por isso ela não é uma ideia humana, e nem uma sociedade que possa tomar outras configurações conforme a vontade das pessoas ou influência cultural. Reafirmo: O Senhor fez o homem, depois fez a mulher, uniu-os, e assim foi criada a família, monogâmica, e a partir de um homem e uma mulher visando sua completude (Gênesis 2:24), e ordenou-lhes: “Frutificai e multiplicai-vos” (Gênesis 1:28), coisa que só é possível numa relação heterossexual.

A família, como criada por Deus, é Sua obra-prima, outros inventos são obras falsificadas e imperfeitas.

PORQUE GEME O POVO




Pr. Cleber Montes Moreira


Uma nação não pode ser transformada com desmandos, pichações, queima de pneus, obstrução de vias, discursos de ódio, resistência e desobediência civil, mas com “Ordem e Progresso” e, sobre tudo, com ações construtivas de pessoas transformadas e tementes a Deus, que respeitam direitos, trabalham, oram pelas autoridades constituídas, buscam a paz e a justiça, e fundamentam seu voto nos valores imutáveis do evangelho. Não se iluda, a guerra política pelo poder é, antes de tudo, uma guerra entre reinos invisíveis. O modo como você pensa, se expressa, age, reage e vota indica qual reino você representa e por quem você realmente milita. Você até pode dizer que não gosta de política, mas o indiferentismo sempre favorece os maus, e ficar em cima do muro, além de demonstrar covardia, implica em conivência. Não é sem motivo que Martin Luther King disse: “O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons.”

É perceptível que a realidade de uma sociedade, na maioria dos casos, é fruto de suas escolhas. Numa democracia são os eleitores responsáveis por avaliar propostas, discursos, programas de governo, cartilhas de partidos, e até a vida dos candidatos, para então, fundamentados, escolherem seus legisladores e governantes. O modo como os políticos se posicionam em relação a certos temas como liberdade, aborto, família, ideologia de gênero, respeito aos direitos, economia etc., indicarão não apenas seu viés ideológico, mas também sua posição em relação aos valores do reino de Deus revelados nas Escrituras. Digo, a posição deles e também dos que neles votam. É por isso também que o cristão deve votar com consciência, e sempre à luz do entendimento da Palavra de Deus.

Diz a Bíblia: “Quando os justos florescem, o povo se alegra; quando os ímpios governam, o povo geme”, e ainda “O rei que exerce a justiça dá estabilidade ao país, mas o que gosta de subornos o leva à ruína” (Provérbios 29:2,4). No caso do Brasil, creio que isso explica o momento difícil atual: ele é fruto de escolhas inconsequentes de pessoas que governaram e governam com irresponsabilidade, que roubaram e ainda roubam escancaradamente, e que institucionalizaram a corrupção já existente, mas que “nunca antes na história deste país” havia atingido patemares tão elevados. Não é sem motivo que o povo está gemendo.


PODE UM CRISTÃO SER A FAVOR DO ABORTO?

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Imagem: Pixabay


Pr. Cleber Montes Moreira

“Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.” (Salmos 139:14-16)

Ser evangélico nunca esteve tão em moda, porém, esta descrição já não indica um jeito de ser adequado ao verdadeiro cristianismo. Enquanto a população evangélica cresce, o mundo continua sua derrocada rumo ao caos. Assim há, dentre os verdadeiros discípulos, os que não se sentem confortáveis com este título, pois ele pode significar várias coisas, e revelar posicionamentos e padrões destoantes das Escrituras. Prova disso é a opinião de muitos líderes e “crentes” sobre assuntos para os quais antes havia consenso, tais como a prática homossexual e o aborto. Sobre este último tema, apresento dois exemplos: Um grupo de feministas formou a “Frente Evangélica pela Legalização do Aborto”1, e tem militado em favor da descriminalização da prática. “É em defesa da vida (sagrada, dom de Deus) que precisamos LEGALIZAR o aborto no Brasil!”2 – Dizem elas. Uma justificativa dos abortistas é que a mulher é dona de seu corpo e, portanto, deve ser livre para fazer com ele o que quiser. Outra é que o sistema atual mata duas vezes mais, uma vez que as mulheres procuram pelas clínicas clandestinas para abortarem. Também, um líder de uma denominação neopentecostal causou perplexidade ao dizer: “Eu sou a favor do aborto sim, e digo isso em alto e bom som, e se eu estou pecando, eu cometo este pecado consciente, sim!” É lamentável ver esta mesma opinião sendo defendida tanto em conversas informais quanto de púlpitos, livros, debates, congressos e outros meios por pessoas que dizem servir a Cristo.

Os revisionistas procuram apresentar ao público uma nova leitura bíblica sobre estes assuntos, que seja mais tolerante e que aplaque as consciências em relação ao pecado. O liberalismo teológico é terreno fértil para o florescimento do relativismo e consequente decadência da moralidade tradicional, bem como para o surgimento de um “outro evangelho” deslocado dos valores imutáveis da Palavra Sagrada, que dá aos neo-evangélicos uma sensação de ‘absolvição da culpa’, permitindo-lhes que se relacionem com o seu deus num ambiente que lhes seja favorável e no qual a ideia de um juízo divino inexiste. Aliás, julgar é proibido. Tal pensamento parece se alinhar à ‘doutrina’ de Raul Seixas, que disse: “Ninguém tem o direito de me julgar a não ser eu mesmo. Eu me pertenço e de mim faço o que bem entender.” E faz coro com aquela máxima feminista: “Meu corpo, minhas regras, minhas escolhas!” Mas, contrariando tal princípio de direito, de liberdade e de independência que pregam, os abortistas se colocam, arbitrariamente, em condições de decidirem sobre quem nascerá e quem morrerá, e por se tratar de violência contra indefeso e atentado contra direito inalienável, aqueles que assim agem se elevam acima do próprio Autor da Vida.

O que a Bíblia diz? Outros perguntariam, “Abortar é pecado”? Eu não preciso de um texto bíblico para afirmar que o aborto é uma violência contra a vida, pois trata de questão de inteligência e de bom senso. Além disso, a Constituição Federal brasileira, em seu art. 5º, assegura o direito à vida como fundamental e inalienável:
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.3

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948, diz em seu Artigo III que “Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”.4 A Constituição Portuguesa, em seu art. 24, resume este direito com estas palavras: “A vida humana é inviolável.” Infelizmente esta garantia tem sido desrespeitada, e no Brasil a própria Constituição tem sido rasgada a pretexto da “liberdade” que a mulher tem de fazer o que quiser de seu corpo. Ora, liberdade que viola a liberdade do outro não é liberdade, é violência.

Certa feita recebi um texto muito interessante a respeito do tema, que transcrevo abaixo:

Uma mulher que queria abortar procurou seu ginecologista:
– Doutor, eu estou com um problema muito sério e preciso muito que me ajude. Meu bebê não tem um ano e eu estou grávida novamente. Eu não quero outro filho.
Então o médico indagou:
– E como eu poderei ajudá-la?
– Eu quero fazer um aborto!
Depois de pensar por alguns instantes, o médico falou:
– Eu tenho uma ideia bem melhor e muito menos arriscada.
A mulher sorriu satisfeita, ávida por ouvir o que o médico teria a dizer.
Ele continuou:
– Para que você não tenha que tomar conta de dois bebês, matemos o que está nos seus braços. Assim, você poderá descansar até que o outro nasça. Os filhos são todos iguais, não é mesmo? Além do mais, sua vida não correrá risco com procedimentos cirúrgicos, se matarmos esse aí.
A mulher, horrorizada com as palavras do médico, respondeu:
- Que isso?! Matar uma criança é uma monstruosidade, além do que é crime!
O médico, calmamente continuou:
- Eu concordo. Mas eu pensei que isso não fosse problema para você. Eu só estou sugerindo que você troque o filho que quer matar.

Qual a diferença entre matar uma criança nascida e outra que está em gestação? O mal é o mesmo. O aborto é uma violência contra a vida e os valores cristãos explícitos nas Escrituras. Em Êxodo 20:13, lemos: “Não matarás.” Isso é mandamento. O salmista nos diz que “os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão” (Salmos 127:3). Deus, que nos criou de um modo tão maravilhoso, conhece cada um de nós desde o ventre de nossa mãe, e nos viu quando ainda estávamos em formação (Salmos 139:13,15,16). A vida é dom divino, incluindo a vida dos nascituros, e todo atentado contra a vida também é contra o Criador.

Aborto é pecado, sim! Não há sentido algum uma releitura bíblica que apresente outra conclusão; ela seria, no mínimo, desonesta. Um cristão verdadeiro jamais será favorável àquilo que o seu Senhor condena. Pense nisso!

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NOIVA DE CRISTO, OU AMANTE DO DIABO?

igreja


Pr. Cleber Montes Moreira

E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as.” (Efésios 5:11)

Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” (Tiago 4:4)


O cristianismo deve ser uma censura ao mundo, e não uma _mesa_ de debates. Os princípios cristãos nunca devem ser relativizados a pretexto de uma postura de “tolerância” e entendimento com os “diferentes”. Há, entretanto, um movimento que se esforça neste sentido, por “novos diálogos”, por um evangelho inclusivo, e por uma igreja sensível que se amolda e se acultura ao contexto e valores sociais vigentes.

Este movimento é portador de um discurso estético, politicamente correto, sobre a necessidade da igreja dialogar com a sociedade sobre certos temas como, por exemplo, aborto, ideologia de gênero, inclusão de LGBTQs, relações homoafetivas, teologia queer, novas configurações familiares, teologia negra, feminismo, direitos humanos” e outros, como se fosse possível luz e trevas entrarem em acordo e firmarem consenso, como se os fundamentos cristãos pudessem ser adequados ou ressignificados a partir do entendimento comum entre as partes. O argumento utilizado é quase sempre o “amor”. Para eles o “amor” é a única doutrina, uma vez que tudo mais pode ser reinterpretado. Esta é uma tentativa diabólica de fazer a igreja “relevante” perante a sociedade, de produzir uma nova teologia a partir das ruas, de criar uma hermenêutica com base no pensamento de certas minorias, e reimaginar a igreja. Isso nada mais é que parte de um esforço bem articulado para levar adiante um processo de desconstrução não só da igreja, mas da própria sociedade, que passa pela quebra de paradigmas e conduz para um novo código moral que se contrapõe ao padrão divino ensinado nas Escrituras; é a criação de um novo deus, um novo evangelho, uma nova sociedade e uma nova religião. É pauta de uma agenda em andamento.

Este “diálogo” é falácia maligna, é estratégia das trevas. Deus não deixou sua igreja na Terra para se entender com o mundo, senão para fazer discípulos de Cristo que venham a fazer jus ao nome cristão. A luz não comunga com as trevas, antes revela e condena suas obras más e desnuda o pecado; por isso os salvos são odiados (Mateus 24:9 – leia o contexto).

A verdadeira igreja é a noiva do Cordeiro que se preserva santa e irrepreensível (Efésios 5:27; Apocalipse 19:7). Ela não precisa ser reimaginada, deve ser igreja conforme o modelo bíblico, e capacitar os santos para cumprir seu papel de Sal e Luz. Igreja que busca consenso com o mundo não é igreja, é amante do diabo.

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